quarta-feira, setembro 30, 2009

CHORA TERRA


Somos a semente de um dia presente
Somos a grandeza de um dia feliz
Somos o amor a pulsar sobre a vida
Somos a vida que pulsa sobre nós.

Terrena Terra que nos envolve de tristeza
Sofrida e enigmática, que sofre e não reclama
Terra que desterra, as fraquezas com seu tempo
Castigada, empenhorada, mais que não nos deve nada.

Nos trás a beleza de termos nascido nela
E ela a nossa Terra, só reclama quando chora
derramando suas águas, dando bronca nos trovões
É tão pouco o que ela dá, pois morrendo ainda cede.
Na certeza que um dia, esse mundo mudará.

(EDUARDO BARROS)

terça-feira, setembro 29, 2009

VERSO ESCURO

A noite é uma garganta profunda, onde não se encherga o que gostaríamos de ver, porém essa mesma escuridão é o que nos afaga nos momentos de muito amor, ao luar que brilha no alto daquela serra, é a noite onde escondemos nossos delírios fincados em nossas mentes que das brigas e discussões fazemos dela nosso travesseiro.

Na noite nós conseguimos pensar diante daquela pedra e poetizar versos que só me trazem prazer e contentamento, pois a noite é a magia dos que gostam de escrever a todo momento, e nesse desconhecido noturno nós guardamos nossos medos e aflições que trazemos do passado.

É na noite que a gente cansado, vai deitar e pedir um auxílio do Pai, pra que meus sonhos sejam maravilhosos, e que meus desdobramentos se façam de maneira tranquila, é nela que eu me despeço do dia, dizendo sempre ...

Obrigado Pai.

(EDUARDO BARROS)

segunda-feira, setembro 28, 2009

SAUDOSISMO

Se eu pudesse... regressar no tempo, retornar à vida do meu lugarejo, fujir desta cidade sem alento; toda feita de concreto.

Se eu pudesse... correr outra vez pelo verde dos pastos, ir brincar no moinho de vento. Lá, onde as noites brilham mais, e de madrugada ainda se ouve serenatas.

Onde os passarinhos voam em bando, e se escuta a sinfonia dos pardais. Lá, na minha saudosa...

Minas Gerais!

(EDUARDO BARROS)

EXTREMO

Embriagado por teu excesso de amor,
eu me planto aos teus pés,
eu me ajoelho, me coloco parado esperando que da sua boca pronuncie.
Levanta meu amor.
Pois beijarei seus joelhos, os seus pés, o teu corpo inteiro.
Porque quem ama de verdade não merece estar desse jeito.
O grande amor que tenho por ti, não embebeda, só faz com que eu ame
muito mais você.

(EDUARDO BARROS)

ANJO LOIRO


Ao mesmo tempo que penso na flor que desabrocha, eu penso no nosso amor, que faz de mim um um ser mutante, porque hoje sou totamente amado.
Você que me fez esquecer das tristezas, que faz do seu encanto e pureza eu crescer ...

Laura para mim hoje nome de anjo.
Que aos poucos foi absorvendo tudo que possuia de sentimentos.
Minhas paixões repentinas, meus amores errados do passado, minhas carências e meus desejos.
Porque tudo se fundiu num ser maior que é voce, minha doçura de vida, meu caminho secreto, minha confidente e mulher.
Minha presa, meu presente, minha princesa.

(EDUARDO BARROS)

quinta-feira, julho 05, 2007

DESPEDIDAS TRISTES


Mórbida vida que me alucina que deixa marcas
de momentos ruins e trágicos que passei um dia.

O dia dos corpos extendidos naquele asfalto morno
num fim de tarde quase noite onde o choro e a desolação
atormentavam minha mente.

Aquela sepultura os nossos amigos coroas de flores
bilhetes deixados perdidos ao vento.

Um corpo que desce um cara que eu amo o mano se vai...
Meu irmão Paulinho.

O dia do susto do sono tranquilo o telefone que toca
o aviso nervoso os olhos molhados lacrimejados
o que pensar?

Me vejo a correr naquela avenida os postes
e calçadas passam rapidamente e dentro da minha
mente o vejo caído um corpo sofrido e batalhador.

E na dor eu o vejo deitado ao chão os olhos abertos
do choque da hora eu toco seu rosto converso com ele
mais ele se foi.

Aquela sepultura os nossos amigos coroas e flores
bilhetes deixados perdidos ao vento.

Um corpo que desce um cara que eu amo
o pai que se vai...

( EDUARDO BARROS )

quarta-feira, julho 04, 2007

DELÍRIO


Eu vejo a fila do banco
Eu vejo o doente morrer
Eu vejo o governo falar
Eu vejo a criança chorar
Eu vejo o mendigo deitado
Eu vejo o moleque cheirando...

Eu vejo o cara gritando
Eu vejo o idoso pedindo
Eu vejo o pobre repartindo
Eu vejo a polícia roubando
Eu vejo o ladrão se gabando...

Eu vejo os rios secando
Eu vejo a sujeira do mar
Eu vejo árvores caindo
Eu vejo a favela surgindo
Eu vejo a fúria do povo
Eu vejo a Terra, que nojo...

Eu vejo a guerra alí
Eu vejo a luta aqui
Eu vejo a bala perdida
Eu vejo o corpo no chão
Eu vejo a arma na mão
Eu vejo a mãe suplicando
Eu vejo o povo chorando...

Eu vejo o amanhecer
Eu vejo o entardecer
Eu vejo o anoitecer
Eu Vejo, eu vejo, eu vejo.

E nada.

(EDUARDO BARROS)

segunda-feira, julho 02, 2007

FINAL DE DOMINGO


Como é difícil para mim ver o domingo chegar ao fim...as horas dominicais voam.Vejo você tomando banho, guardando os seus pertences, arrumando sua bolsa e se preparando para partir.
Ele chega até a mim, me abraça, me da um beijo e parte.
Chego a janela, aceno e fico olhando o seu carro até sumir.
Saio da janela e a saudade já se faz presente no lenço... ainda sinto seu cheiro
No corpo ainda sinto suas mãos. No quarto que dormimos, ainda existem seus rastros.
Posso ainda ouvir sua voz que me chama reclamando a minha presença ao seu lado. As vezes nem é para dizer algo e sim para saber que estou ali.
O nosso amor hoje já não se contenta apenas com conversas ao telefone e bate papo via internet..agora só me resta esperar que essa longa semana passe rápida, que as horas não sejam tão demoradas.
Te amo meu amor e te espero sempre.

( EDUARDO BARROS )

domingo, julho 01, 2007

GUERRA NOJENTA


Perplexa guerra,
Que mutila, que cega, que mata
que tira dos sonhos da gente
a beleza de um povo fraco.

As crianças,
Nossas crianças do mundo
que partilham da fome e da sede
que compartilham das armas
das frentes de batalha
como escudos humanos.

Os Velhos,
que trazem do conhecimento do tempo
o veneno, e o terror nos seus corações.
Sabedoria jogada fora nas areias de um país morto.

As Mães,
Essas que sucumbem com seus filhos
que acorrentadas ao poder de um demônio
não são capazes de nada...
O choro, a revolta e o nojo de estar lá.

( EDUARDO BARROS )

sexta-feira, junho 29, 2007

PODER TELEGUIADO


Novamente pedimos PAZ!
Aos homems de azul, branco e vermelho
que trazem seus canhões,
a artilharia de frente.
O front...
O bombardeiro que fere e mata.

Novamente pedimos PAZ!
Aos homens de manto branco de Alah
que gritam pela guerra,
insitam a vergonha no mundo.
Colocando seus irmãos na linha de frente
como seus escudos.

Novamente pedimos PAZ!
Aos homens de qualquer crença,
de qualquer raça, e etnia,
para que só um grito
e de mãos dadas
na consciência de todos,
possamos deitar e sonhar...

e dizer...
Que tudo isso não passa de um pesadelo
que nós possamos acordar dele
e dizer que isso não acontece
que isso é mentira,
e que todos somos um só...
Um só povo irmão.

( EDUARDO BARROS )

quinta-feira, junho 28, 2007

TINO


Pessoas são os que deixam que façam com elas....
Pessoas são fortes....fracas, depende do vento....
Pessoas são corpo...sexo, depende do tesão...
Pessoas são mente...objetivos, depende do desafio...
Pessoas são coração...sensibilidade, depende do toque...
Pessoas são como eu e você...depende do momento...

( EDUARDO BARROS )

quarta-feira, junho 27, 2007

DECLARAÇÃO A LAURA



Ao mesmo tempo que penso na flor que desabrocha, eu penso no nosso amor, que faz de mim um um ser mutante, porque hoje sou totamente amado.
Voce que me fez esquecer das tristezas, que faz do seu encanto e pureza eu crescer ...
" Laura para mim hoje nome de anjo "
Que aos poucos foi absorvendo tudo que possuia de sentimentos.
Minhas paixões repentinas, meus amores errados do passado, minhas carências e meus desejos.
Porque tudo se fundiu num ser maior que é voce, minha doçura de vida, meu caminho secreto, minha confidente e mulher.
Minha presa, meu presente, minha princesa.
Te amo Laura.

(EDUARDO BARROS)

domingo, novembro 05, 2006

POR UM FIO


Do céu eu vejo anjos tocarem a minha mão direita, e eu em meu canto reservado procuro no estudo o alimento para meu espírito.
Sou essência de uma vida, apenas um ser concebido... sou a terra, sou o mar, sou do alto uma estrela a brilhar.
Comtemplo aqui do imaginário sêres que se mostram pequenos, correndo por um prato de comida... é a briga da salvação que ser quer fazer nesse terreno sujo e nojento.
Mais estou sentado ao lado direito do meu Pai, que me quer neste caminho... pra que eu possa aprender de fato, e depois levar o que tenho na bolsa dos estudantes medílcres dessa terra.
Falo coisa com coisa, e a mente da gente não mente nunca, porque ela apenas esconde no obscuro sub-consciente as besteiras que escrevemos numa folha de papel sujo, e que com certeza, os nossos legados da loucura se interessarão por esta bobagem.


(EDUARDO BARROS)

segunda-feira, outubro 23, 2006

ANSIOLÍTICO


Não me sinto a vontade, quero me deitar e sonhar ter pesadelos profundos,
sarcásticos...

Ando cansado.
A mente rebate contra tudo que procuro trazer para me distrair, o estresse, o bulbo e o radiano que não se polarizam...

O peito fica apertado.
Uma tristeza profunda me abate, uma agonia se fixa e se torna presente, as mãos suadas e a arritmia, colapso total...

O rádio que toca rock... A notícia ruim da morte... A jogo chato, do time fraco...
O locutor que grita... A propaganda.

Vou desligar!
O botão do rádio, desligado.
A Paz!

O interruptor da lâmpada!
do quarto, o sono que veio.

O remédio que faz efeito!
a tarja negra, o apago final.


(EDUARDO BARROS)